quarta-feira, 13 de setembro de 2023

 

TEXTO PARA REFLEXÃO

É MOSER OU LIRA. FAÇAM SUAS ESCOLHAS

Todo o mundo da esquerda indignada com Lula por ter trocado Ana Moser por um bolsominion. Não deveria. Não estão em pauta as virtudes de uma e a excrescência de outro.

A questão é mais profunda. Infelizmente, Lula está refém de Lira e do centrão. Tem de entregar alguns anéis para não perder os dedos.

É o toma-lá-dá-cá clássico da política democrática tradicional. Um balcão de negócio, não sejamos ingênuos. É assim que funciona, gostemos ou não.

No popular, não há virg3m no bord3l.

Em ditadura, fascista ou comunista, o ditador escolhe seus ministros e ninguém dá um pio. Mas, vivemos numa democracia, frágil e corrupta, mas democracia, no sentido burguês.

Se tivéssemos maioria no Congresso, todos os ministros seriam de esquerda, claro. Mas, graças às nossas massas ignaras e retrógradas, a esquerda é minoria: são apenas 140 deputados e 15 senadores governistas contra 373 de oposição na Câmara e 66 no Senado.

Política, é, principalmente, matemática, maioria contra minoria, não se iludam.

E “eles” tem maioria: são bolsominions, centrão, bancada da bala, ruralistas, neopentecostais, militaristas, lobistas e que tais.

Um dos piores Congressos da nossa história, se não for redundância.

Dilma não aceitou as chantagens do centrão de Eduardo Cunha e caiu. Não soube ceder. Não tinha maioria. Foi deposta. Se Lira quiser, com sua maioria, aprova um impeachment e derruba Lula.

Política é a arte de negociar com antagônicos e até com os companheiros, os do “fogo amigo”, mas perigosos ainda, os sectários, inflexíveis, os “donos da verdade absoluta”. Política é para quem tem estômago forte e coração frio, não é para nós, simples mortais. Lula teve de ceder sim, e fez muito bem.

Sinto por Ana Moser, mas, é ela, ou ele, é ela, ou a governabilidade em risco total.

Lembrando que Lula preservou os ministérios mais fortes e estratégicos, que a sanha de Lira queria: Saúde, Educação, Fazenda, Planejamento, Integração Nacional (Bolsa família), Meio Ambiente, Defesa e Justiça.

Se abrir mão de um desses, acabou.

E ele não vai abrir, porque não é bobo.

Lula é o maior estadista da história desse país e, até, da história mundial. Ele sabe o que faz. Não entrega um ministério à toa. Está com a faca no pescoço e tem de ceder para continuar a governar, para votar as pautas de políticas públicas essenciais para o desenvolvimento do país, para a inclusão social, para combater preconceitos e privilégios, para dar dignidade até àqueles que votaram contra, que cuspiram no prato do Bolsa Família.

Lembre-se: 58 milhões de brasileiros e brasileiras (49%) votaram na extrema direita. E continuam vivos, à espreita.

Em sete meses, Lula já retomou todos os programas sociais de suas últimas gestões. Está, junto com o brilhante Dino, colocando golpistas, inclusive militares, e em breve, a familícia, na cadeia.

Está fazendo crescer a economia. Combatendo a fome e a miséria. Retomando o prestígio internacional. Investindo na Saúde, na Educação, na preservação da Amazônia e dos nossos povos originários.

Acabou de ser inocentado, de vez, pelo STF, que foi seu algoz. Lula não é infalível, mas é um gigante. Antes de criticá-lo, precisamos analisar a conjuntura com frieza, razão e serenidade. Ele nos livrou de mais quatro (ou infinitos) anos de terror, de trevas, de corrupção, de medo, de desespero.

Seu crédito é imenso, imensurável, impagável. Obrigado, mil vezes, Lula, por nos tirar das trevas e nos trazer para o novo iluminismo, para a esperança de um país mais rico, amoroso e fraterno.

Quando fiz o L, dei a Lula e aos meus deputados e deputadas, carta branca. Assinei embaixo e ratifico. Viva Lula.

Fascismo nunca mais!

Texto: Sérgio Aspahan, jornalista.

Façamos nossa reflexão

 

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O Vereador e a Fiscalização dos Recursos Públicos Municipais

Com base na Cartilha da Controladoria Geral da União - CGU que tem como objetivo fornecer orientações básicas sobre o papel dos vereadores na fiscalização da aplicação dos recursos públicos municipais iremos publicar uma série de informações, tudo isso com o objetivo de fomentar o contrle da gestão dos recursos públicos, seja essa ação realizadapor servidores públicos, por agentes políticos ou pelo próprio cidadão. com isso, o vereador é um agente fundamental para que esse controle ocorra, é ele que está presente no dia-a-dia do município e que pode e deve ser capaz de conhecer as reais demandas da população local e os problemas que impedem que as políticas públicas atinjam seus objetivos.
Esperamos contribuir com as informações colocadas nos textos a seguir.

Controlar significa verificar se a realização de uma determinada atividade não se desvia dos objetivos ou das normas e princípios que a regem. Na administração pública, o ato de controlar possui significado similar, na medida em que pressupõe examinar se a atividade governal atendeu à finalidade pública.
No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle permanente do gasto público - seja por meio das instituições incumbidas de tal tarefa, seja pela própria população - ganha contornos fundamentais ao desenvolvimento da nação, em razão da sua extensão territorial e do grande número de municípios que possui.
Nesse contexto, a ação do Poder Legislativo Municipal na fiscalização dos gastos públicos é fundamental para garantir que a sua aplicação esteja de acordo com os interesses coletivos.
É importante salientar que o vereador contrla a atuação do gestor público municipal está, na verdade, cumprindo uma obrigação fixada pelo texto da Constituição Federal do Brasil de 1988, a qual estabelece em seu artigo 31 que a fiscalização do município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante contrle externo.
Diante disso, buscaremos tratar do tema de forma objetiva destacando aspectos práticos da atuação do vereador enquanto fiscal das contas públicas. com esse intuito, enumeraremos diverso pontos que podem ser examinados pelo Poder Legislativo Municipal. também explicitaremos alguns meios de informação disponíveis para que essa atuação possa ser executada.
Esperamos contribuir com o município de Novo Aripaunça, e que através dessas informações a população possa cobrar dos nossos representantes que exerçam suas funções.

O Princípio da soberania popular na Constituição de 1988
Na hisória sociopolítica do ocidente, as constituições evoluíram ao reconhecer os direitos sociais, ao lado do direito individuais, civis e políticos, e ao promover a abertura do Estado à efetiva participação do povo em sua gestão e contrle. Isso porque o povo é o titular legítimo do poder estatal, cujo exercício pode ser direto ou por meio de representantes.
O povo brasileiro, na vanguarda dessa história sociopolítica, decidiu que o Brasil deve ser um Estado Democrático de Direito. Esta decisão está impressa no Preâmbulo e no Artigo 1 de nossa Constituilção Federal (CF), promulgada em 05 de outubro de 1988.
Por essa razão, aparecem como fundamentos de nossa República a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana, nos incisos I, II e III desse mesmo dispositivo, cujo parágrafo único finaliza, consagrando o princípio da soberania popular: "todo poder emana do povo, que o exerce por meio por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".
Em suma, nossa democracia é participativa. Vale dizer, o povo brasileiro decidiu participar da gestão e do contrle do Estado brasileiro. Mas não podemos exercer a gestão e o controle do que não conhecemos. No próximo texto veremos, portanto, como o Estado brasileiro se constitui e se organiza. Boa leitura a todos.